Vinho Íncola Tinto
177.81€
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Castas
Teor alcoólico
13.0º
Enólogo
Capacidade

Descrição:

A história do Íncola começa no Alto Douro Vinhateiro, na sub-região do Cima Corgo, sendo um vinho oriundo de parcelas de vinhas muito velhas localizadas nas encostas do Rio Torto, um dos mais conhecidos afluentes do icónico Rio Douro. Estas parcelas, anexadas à Quinta das Carvalhas, representam a resiliência das plantas que desafiaram a natureza, e escolhendo este local como o sítio para se instalarem e se reproduzirem durante vários séculos, apesar das condições austeras e adversas do terroir duriense. São assim, verdadeiras habitantes, ou então "incolas" da região do Douro.

Este vinho, de cariz singular, idealizado por Pedro O. Silva Reis, representa a sua interpretação destas heroicas e históricas vinhas. Procurou-se no incola a complexidade, a profundidade e o mistério das vinhas velhas, elaborando-o num perfil mais fresco, algo rústico e selvagem; características eloquentemente evidenciadas na sua pureza aromática.

A vindima do Íncola é uma vindima de cariz verdadeiramente cirúrgico onde são colhidos à mão apenas as uvas que se encontram nos níveis perfeitos de maturação para o perfil deste vinho.

Chegando à adega, as uvas passam por um tapete de escolha manual onde são retirados cachos que não se encontram em perfeitas condições de maturação e sanidade - apesar da escolha feita na vinha, esta segunda escolha permite identificar cacho indesejados que poderão escapar à primeira mão. Após a escolha, as uvas são direcionadas para pequenos balseiros de carvalho francês em que 80% dos cachos permanecem inteiros e com engaço, já 20% é desengaçado e esmagado. Inicia-se a fermentação alcoólica do mosto e durante este processo, é feito um leve "pisage" e todas as remontagens são feitas a balde. O objetivo será sempre procurar a elegância e a finesse, evitando uma extração excessiva. A fermentação malolática e o estágio decorrem em pipas (500L) e toneis de carvalho francês usados por um período de 18 meses até ao engarrafamento que decorre sem filtração.

Um vinho de cor vermelha-granada, pouco concentrada, que sugere de imediato um perfil diverso dos clássicos da região. No nariz, apresenta-se muito complexo e misterioso, com a intensidade e profundidade própria de um vinho originário de vinhas muito velhas, mas por outro lado, com um perfil aromático fresco, herbáceo e selvagem. Surgem nuances de flores, cacto e ervas do monte, aliadas a bonitas, mas delicadas, notas de fruta vermelha, fruta preta e sugestões terrosas.

É sobretudo um vinho de detalhe, sem excentricidade, revelando-se na prova pela sua elegante estrutura, todavia com a referida profundidade e textura do Douro. Os sabores vão de encontro ao perfil aromático, com um excelente ataque de boca que aos poucos vai desvendando nuances e camadas de sabores de forma muito fina, sendo sempre marcado pelo seu tanino fresco e vibrante.