A história deste Vinho do Porto remonta à vindima de 1867 na Quinta das Carvalhas, uma das mais proeminentes propriedades do Alto Douro que se destaca na paisagem duriense pela sua beleza e pela espetacularidade das suas vinhas.

Trata-se, verdadeiramente, de uma recôndita memória viva do Séc. XIX preservada no tempo com meticuloso cuidado e quase religiosa devoção, inicialmente nas caves da reputada firma Miguel Souza Guedes e, mais tarde, em meados do Século XX, por incorporação desta empresa, deixada aos cuidados das sucessivas gerações de mestres de cave da Real Companhia velha.

Este Vinho do Porto prosseguiu o seu longo e paciente envelhecimento nas centenárias caves de Vila Nova de Gaia, em pipas da mais nobre madeira de carvalho, até atingir a perfeição, expressada pela sumptuosidade aromática e uma inesquecível dimensão de prova.

Após 149 anos de estágio e nas comemorações do 260 0 aniversário da fundação desta Companhia Pombalina, o destino deste néctar cruza-se assim com a história da mais emblemática empresa de Vinho do Porto — A Real Companhia Velha — cujo legado se confunde com a própria história do Vinho do Porto.

Fundada por Alvará Régio de D. José I — Rei de Portugal — aos 10 de setembro de 1756, sobre os auspícios do seu Primeiro-Ministro Sebastião José de Carvalho e Mello, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, a esta Majestática Companhia foi confiada a missão de estabelecer a Região Demarcada do Douro — a primeira demarcação do mundo — com o propósito de organizar o sector do Vinho do Porto e conceber a regulamentação que controlaria a produção e comércio.